Nuno.
| The Maria Leonor Project | Amarante | Setembro 2005 |
sexta-feira, setembro 23, 2005
sábado, setembro 17, 2005
Amigão
Uma das coisas mais curiosas na fotografia é a capacidade que tem de nos fazer viagens na nossa própria vida. Imagino a entrada de um inspector da judiciária em minha própria casa. Que fazia eu em Fevereiro de 2002? Uma criança havia sido espancada em frente ao pequeno apartamento que alugava à época. Aguarde dois minutos sr. inspector. E sai uma caixa de slides com imagens nocturnas da cidade do Porto.
Explico-lhe... nesta altura estava no Fotopt. Era uma merda bem sei, mas olhe, era o que havia. Já imaginou o que seria o mundo se houvesse um site com o nível de grotesco do 1000i, a inocência serôdia do olhares e o sentido de subversão do Fotoalt? Bom, isso era um pouco o Fotopt. Uma boa merda da qual todos continuam a falar. Inclusivé eu próprio.
O inspector sairia de lá de casa com as mãos a abanar. Nessa longínqua noite tanto poderia ter estado a fotografar o túnel de Faria Guimarães, como a encher a roupa com tabaco numa festa qualquer ou a masturbar-me fantasiando com a minha própria gaja. Este último aspecto talvez fosse omitido ao representante da autoridade do Estado. :)
A vida vive-se. No presente. Não no passado, nem no futuro.Ora, depois desta consideração, só me apetece dizer «puta que pariu os clichés».
Este tipo de discussão subtil faz-me lembrar conversas sobretudo com outros militantes da esquerda, no tempo da universidade. Lembro-me de perceber, praticamente sem racionalizar, que a legitimidade da sua acção se encontrava num velho regime desaparecido há décadas ou numa crença insofismável num futuro idealizado por outrem. Devo-lhes um agradecimento. Não sou gajo de crenças e dispenso o papel de missionário. Ter valores é uma coisa um pouco diferente. Obrigado.
Podia aqui fazer um paralelo com a fotografia. Creio ser supérfluo. Pode-se procurar nas entrelinhas. Talvez encontrem coisas que não escrevi e outras que nem quis dizer. O essencial creio que está lá.
Não me volto a dispersar. Aliás termino já a seguir.
Há coisas que só nos lembramos olhando para velhos slides de 2001. Do Fotoalt não preciso de me lembrar, faz parte da vida. Da tal que se vive no presente.
| Túnel de Faria Guimarães | Porto | Fevereiro 2002 |
Explico-lhe... nesta altura estava no Fotopt. Era uma merda bem sei, mas olhe, era o que havia. Já imaginou o que seria o mundo se houvesse um site com o nível de grotesco do 1000i, a inocência serôdia do olhares e o sentido de subversão do Fotoalt? Bom, isso era um pouco o Fotopt. Uma boa merda da qual todos continuam a falar. Inclusivé eu próprio.
O inspector sairia de lá de casa com as mãos a abanar. Nessa longínqua noite tanto poderia ter estado a fotografar o túnel de Faria Guimarães, como a encher a roupa com tabaco numa festa qualquer ou a masturbar-me fantasiando com a minha própria gaja. Este último aspecto talvez fosse omitido ao representante da autoridade do Estado. :)
A vida vive-se. No presente. Não no passado, nem no futuro.Ora, depois desta consideração, só me apetece dizer «puta que pariu os clichés».
Este tipo de discussão subtil faz-me lembrar conversas sobretudo com outros militantes da esquerda, no tempo da universidade. Lembro-me de perceber, praticamente sem racionalizar, que a legitimidade da sua acção se encontrava num velho regime desaparecido há décadas ou numa crença insofismável num futuro idealizado por outrem. Devo-lhes um agradecimento. Não sou gajo de crenças e dispenso o papel de missionário. Ter valores é uma coisa um pouco diferente. Obrigado.
Podia aqui fazer um paralelo com a fotografia. Creio ser supérfluo. Pode-se procurar nas entrelinhas. Talvez encontrem coisas que não escrevi e outras que nem quis dizer. O essencial creio que está lá.
Não me volto a dispersar. Aliás termino já a seguir.
Há coisas que só nos lembramos olhando para velhos slides de 2001. Do Fotoalt não preciso de me lembrar, faz parte da vida. Da tal que se vive no presente.
| Túnel de Faria Guimarães | Porto | Fevereiro 2002 |
quinta-feira, setembro 15, 2005
terça-feira, setembro 13, 2005
terça-feira, setembro 06, 2005
As portas da percepção...
..não se abrem com as visões da morte. Tal como as frases que se escrevem, explicam o real. Tal como o meu avô de 92 anos seria certamente um presidente da república em quem votaria sem qualquer hesitação. Tal como hesitação será coisa que não faltará nas próximas eleições presidenciais. As portas da percepção fecham-se. Tal como as portas de um autocarro.
| Portugal | 2004 |
| A propósito, o meu avô é o personagem ao fundo|
| Portugal | 2004 |
| A propósito, o meu avô é o personagem ao fundo|
quinta-feira, setembro 01, 2005
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