quarta-feira, julho 22, 2009

Edgar Martins, artista circense.

Recentemente o New York Times, viu-se burlado por Edgar Martins. Na sequência, as fotografias foram retiradas do site e os editores denunciaram a intrujice.

Não há grande coisa a explicar ou sequer a discutir: apesar de anunciar que cria as suas imagens com longas exposições mas sem manipulação digital, verificou-se que no ensaio apresentado a manipulação foi vasta e em certos pormenores grosseira - razão pela qual se viu desmascarado.

Mas o mais decadente é observar as respostas dadas pelo próprio ao Público, em que seguindo o mesmo estilo literário "eu quando estava na administração do BPN nunca vi burlas em lado nenhum" se recusa sequer a admitir que a história foi muito mal contada. «Tenho uma fotografia que mostra um tijolo em cima de uma esponja, que traduz a fragilidade desta situação. Toda a realidade é uma construção».

Imagino alguém (que não eu, claro) a contra-argumentar: «Eu tenho uma fotografia que mostra um nariz de palhaço em cima de um poio, que traduz a ironia desta situação. Toda a fotografia é uma palhaçada de merda.»


Notas:
-As perguntas de Jain Lemos.
-A longa e dispersa discussão no Metafilter.


| duas colunas às 3 da manhã | porto | julho de 2009 |

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