sexta-feira, junho 27, 2008
Viro o disco.
Hoje, dia 27 de Junho de 2008. Uma data que apenas para mim fará sentido. Felizmente dentro de pouco tempo já a terei esquecido.
| procissão do corpo de deus | porto | junho 2007 |
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segunda-feira, junho 23, 2008
quinta-feira, junho 19, 2008
Vuelvo al sur
Texto e foto: Daniel Navarro.
Tradução minha.
Música: Mercedes Sosa
«Querido A.
Esta viagem foi muito forte para mim. Foram 20 dias muito intensos.
A minha mãe não sabia que chegava. Quando chegamos ela dormia. Mandei a "mucama" (argentinismo - antes dizia-se "muchaca con cama"="criada", por isso os argentinos misturaram as duas palavras abreviadas e ficou "mucama") dizer-lhe que o pequeno-almoço estava pronto. A minha mãe disse-lhe que queria continuar a dormir.
A Maria saiu do quarto e disse-me: "Agora não sei que fazer! Ela quer continuar a dormir!"
Entrei no quarto dela e disse-lhe: "vamos velha hinchapelotas, levanta-te que estou morto de fome!!!!" Recebi um dos abraços com mais gana da minha vida.
A mucama ficou séria já que nunca tinha ouvido que alguém falasse à senhora M. com tanta falta de respeito.
Buenos Aires estava linda, quase majestosa, como quando a deixei.
Os amigos continuam sendo de ferro e os amores incondicionais.
Os amores!!! Coisa muito forte que contrasta com este norte tímido.
Uma das coisas que mais me custou deixar ali, são os papéis que cá não posso ter. Aqui não posso ser nem filho, nem irmão mais velho, nem tio, nem local.
Comi com montões de amigos, falei com a minha irmã quase todas as noites até às cinco da manhã, desfrutei dos meus sobrinhos.
Vi o meu pai que há muitos anos não via. Discuti com ele sobre tango. Ele gosta de Gardel e para mim é uma cagada. Comecei eu a discussão para ver se mantinha intacto o seu poder para argumentar e gostei que fosse ainda hábil a discutir.
Dormi com um par de amigas do passado. Desfruto um pouco mais da infidelidade quando estou em Buenos Aires, porque são esses os amores que duraram toda a vida. Têm sempre a mesma intensidade e a mesma gana, apesar dos anos.
Nesta viagem não pude fotografar. A máquina foi o meu corpo.
Ab+
Daniel »
| Fotografia de Daniel Navarro |
Tradução minha.
Música: Mercedes Sosa
Soy Pan, Soy Paz, ... |
«Querido A.
Esta viagem foi muito forte para mim. Foram 20 dias muito intensos.
A minha mãe não sabia que chegava. Quando chegamos ela dormia. Mandei a "mucama" (argentinismo - antes dizia-se "muchaca con cama"="criada", por isso os argentinos misturaram as duas palavras abreviadas e ficou "mucama") dizer-lhe que o pequeno-almoço estava pronto. A minha mãe disse-lhe que queria continuar a dormir.
A Maria saiu do quarto e disse-me: "Agora não sei que fazer! Ela quer continuar a dormir!"
Entrei no quarto dela e disse-lhe: "vamos velha hinchapelotas, levanta-te que estou morto de fome!!!!" Recebi um dos abraços com mais gana da minha vida.
A mucama ficou séria já que nunca tinha ouvido que alguém falasse à senhora M. com tanta falta de respeito.
Buenos Aires estava linda, quase majestosa, como quando a deixei.
Os amigos continuam sendo de ferro e os amores incondicionais.
Os amores!!! Coisa muito forte que contrasta com este norte tímido.
Uma das coisas que mais me custou deixar ali, são os papéis que cá não posso ter. Aqui não posso ser nem filho, nem irmão mais velho, nem tio, nem local.
Comi com montões de amigos, falei com a minha irmã quase todas as noites até às cinco da manhã, desfrutei dos meus sobrinhos.
Vi o meu pai que há muitos anos não via. Discuti com ele sobre tango. Ele gosta de Gardel e para mim é uma cagada. Comecei eu a discussão para ver se mantinha intacto o seu poder para argumentar e gostei que fosse ainda hábil a discutir.
Dormi com um par de amigas do passado. Desfruto um pouco mais da infidelidade quando estou em Buenos Aires, porque são esses os amores que duraram toda a vida. Têm sempre a mesma intensidade e a mesma gana, apesar dos anos.
Nesta viagem não pude fotografar. A máquina foi o meu corpo.
Ab+
Daniel »
| Fotografia de Daniel Navarro |
segunda-feira, junho 09, 2008
Indiana Jones and the Killer Tomatos.
Há uma grande semelhança entre os produtores de cinema de Hollywood e os autarcas portugueses. Para um autarca português, o seu prestígio mede-se pelas toneladas de fogo de artifício que são usadas na festa da terra. Para o produtor de cinema de Hollywood, o interesse de um filme mede-se pela utilização sem critério de todos os efeitos especiais existentes na actualidade. E se têm dúvidas vão ver o último Indiana Jones ou dêem uma volta pelo país dia 15 de Agosto.
| havana | cuba | abril 2008 |
| havana | cuba | abril 2008 |
quinta-feira, junho 05, 2008
conversas apanhadas a meio...
«-Parece um disparo acidental :|»
«- Sim e não. Estava a enquadrar pouco convencido, na fracção de segundo em que me apercebi que o gajo ia passar, disparei. Arrependi-me e disparei outra. Prefiro esta. 8-) »
| capitólio | havana | 2008 |
«- Sim e não. Estava a enquadrar pouco convencido, na fracção de segundo em que me apercebi que o gajo ia passar, disparei. Arrependi-me e disparei outra. Prefiro esta. 8-) »
| capitólio | havana | 2008 |
quarta-feira, junho 04, 2008
Domingo à tarde.
Ainda domingo passado, em cima da minha bicicleta, pensava algo semelhante. No mesmo país, noutra cidade, mas sem esta eloquência, evidentemente.
«Os portugueses são burros? São, sim senhor, porque perdem mais tempo e paciência à procura de lugar para estacionar do que a usufruir do descanso de Domingo.»
| guanabacoa | havana | abril 2008 |
«Os portugueses são burros? São, sim senhor, porque perdem mais tempo e paciência à procura de lugar para estacionar do que a usufruir do descanso de Domingo.»
| guanabacoa | havana | abril 2008 |
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