quarta-feira, abril 19, 2006

Apagando um por um até que não reste nada.

Primeiro é preciso o programa. Saca-se para o disco, instala-se, carrega-se umas tantas vezes no botão "próximo", responde-se que "sim" a uma pergunta qualquer e está pronto.

É então que se pode começar a pegar nalguns blogues. Neste caso não interessa verdadeiramente fazer a agregação daqueles com os quais simpatizamos. Esses ficam para depois. Escolhem-se os blogues em função dos seus defeitos. É fácil descobri-los. Depois agrupam-se em categorias: empertigados, idiotas chapados, miúdas por desmamar, potes de testosterona, famosos com mania, tipos com a mania que são famosos, fedelhos em bicos dos pés, fotógrafos de telemóvel, tudo, tudo, tudo... Algumas destas características cruzam-se, mas isso não é determinante neste processo.

Espera-se um ou dois minutos. O ecran vai-se enchendo com posts, escritos, declarações pomposas, comentários irrelevantes, opiniões bacocas, literatura coxa, política de sala de bilhar, lixo, lixo, lixo...

Com deleite observa-se todo o amontoado. O programa diz-nos que são 1426 posts. Organizados. Classificados.

É então que se começa a carregar no botão de "delete". Fica por baixo do "insert" e ao lado do "end". Em menos de um fósforo não resta nada. E fica a sensação de alívio. Conseguimos limpar a blogosfera.

Para quem não percebe a utilidade do xml, creio que este não é o exemplo adequado. No fundo a blogosfera serve para isto mesmo. Para nada.

Delete. Deleite.


| EuroPride | Paris | 20 de Junho de 1998 |

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