Serei daqueles que não terá qualquer problema em apoiar o México contra a selecção portuguesa. Sei que encontraria num ápice os companheiros ideais para festejar e para muito mais. Mas no tsunami de condicionamento em que vivemos, afirma-lo seria uma espécie de heresia, punível certamente com a fogueira de um tribunal em que os jurados seriam nomeados pelo BES, pela SIC, pela Galp, pelos industriais de Paços de Ferreira e por outro foçangueiro qualquer que se meta ao barulho para ganhar uns cobres.
Há uma distinção óbvia entre a prática do desporto e o seu uso para fins os fins obscenos a que se dedicam os nossos “jornalistas” (as aspas são mesmo propositadas) condicionando deliberadamente o espectador.
A verdade é que, não teria grandes dificuldades em torcer pela Alemanha, pela Argentina e mesmo por uma eventual selecção madeirense. Mas agora que ninguém está a ouvir, se visse eu a selecção portuguesa chegar à final, arranjaria secretamente parceiros para comemorar em conjunto o campeonato do mundo. E como o que importa mesmo é comemorar, vou começar a arranjar compinchas para comemorar a sua derrota.
O futebol enquanto espectáculo é, regra geral, pouco dignificante da inteligência humana. Ainda assim há coisas interessantes que se podem dizer sobre o assunto, ainda que de repente não me ocorram quais. Falta de interesse meu.
| Aquecimento | Parque da Cidade | Porto | Maio de 2006 |
6 comentários:
Ui... Já pareces um colega meu que tem uns ideais bem parecidos!
Força nisso!
Lembra-te que a maré rumará em sentido contrário. E não é só às vezes!
O teu blog parece uma instituição.
:\
chegamos-lhe um fósforo na noite de s. joão...
;)
Tamos lá! a apoiar este post ;) abraço
Marchem, amélias.
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