segunda-feira, novembro 29, 2004

Compro-te a vida.

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Eduardo tinha aprendido com os pais que a privacidade da sua casa era o último reduto da sua intimidade. Para lá da porta de entrada ficava um espaço de certo privilégio, onde apenas determinadas pessoas tinham acesso.
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Pensa bem Eduardo... O número de telefone lá de casa. Pensaste bem nisso, Eduardo?
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Eduardo aprendeu que o exercício da amizade era um momento de expressão do genuíno.
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Eduardo, pega na agenda. Eduardo usa-a em nome de qualquer coisa. Qualquer coisa mascarada de amizade.
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Tudo bem? Sim, há quanto tempo! Sim, temos que combinar qualquer coisa um destes dias. Pois é, temos que marcar. Olha, estou-te a ligar por causa de uma promoção de Natal.
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Eduardo deixou-se comer. O seu amigo não. Cada qual vende o que entende.


| Pá, gosto desta foto | Montreal | 2004 |


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