Olho para o relógio. É tarde. Então meu, bazamos? Saímos do restaurante. De novo o calor cá fora. Esta noite vou dormir só, num hotel que não sei onde é, numa cidade que não conheço.
Primeiro: passar em casa do S. Fazer o percurso de casa dele até ao hotel que fica nos arredores da cidade.
Depois: voltar a casa para o trazer.
Finalmente: regressar ao hotel sozinho.
Talvez por desvio profissional, sinto bastante confiança a orientar-me em sítios desconhecidos.
Encontrámos os senhores polícias. Eles não falam português. Eu nem boa noite sei dizer em búlgaro. Mentira. Se bem me recordo é Лека нощ. Adiante.
As avenidas, os prédios, as velhas linhas de eléctrico, as placas rodoviárias que indicam Atenas ou Belgrado, os prédios sinistros do tempo da outra senhora... o cheirinho do socialismo irreal. Estou demasiado cansado.
No hotel decorre ainda um casamento. O quarto é grande. Na verdade é um apartamento. Tem cozinha e tudo. A cama é péssima, o quarto de banho não tem luz, os lençois são mais pequenos que o colchão, está tudo demasiado quente. Só quero dormir.
Volto a casa do S. O percurso faz-se em menos de 15 min.
Olho para o relógio: são três e dez. Amanhã devo levantar-me a tempo do pequeno almoço. Faço meia dúzia de fotografias idiotas sem saber porquê e atravesso-me em cuecas no meio da cama. Лека нощ.
| três e oito | quarto de hotel | sófia | junho 2007 |
1 comentário:
esta-se bem aqui, um pouco mais a norte.
abraco
A
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